A importância do objeto de transição para o bebê

Aqui em casa sempre usei da tática do objeto de transição para acalmar meus filhos e ter uma rotina de sono mais certinha.

Achei que seria mega importante falar sobre esse tema aqui no blog já que meus filhos usaram dessa tática para estabelecer uma boa rotina de sono.

O Ian usava uma fraldinha de pano que ele carinhosamente chamava de coiz coiz. Na hora do sonino ou daquelas birras enormes (normalmente eram birras de sono que já passou do horário) ele pedia o coiz coiz e conseguia se acalmar e dormir. No tempo certo fomos tirando esse hábito e hoje ele dorme tranquilamente sem precisar de nenhum artifício.

O Lorenzo tem um anjinho de pano que ganhou da Dinda e se apegou ao objeto logo bebê e eu, que não sou boba nem nada, logo comprei vários iguais e ia lavando e trocando. Ele dorme com o anjinho até hoje (está com 3 anos) e assim vou deixar até que ele próprio vá se desligando.

No ano novo fomos viajar pra praia e eu esqueci o anjinho no sofá da sala (sim…dou uma de menas mãe de vez enquando…). Na primeira noite foi bem punk e ele chorou e dormiu super mal, mas depois o cansaço de sol e praia foram tomando conta e nos outros dias ele ficou super bem… até achei que seria a hora de largar a naninha, mas quando chegou em casa o bendito anjo estava lá no sofá e não teve jeito…rsrsrsrs…vai ficar para uma próxima vez.

Diversas naninhas distribuídas na grama

O que são objetos de transição

Objetos de transição são objetos como fraldinhas, bichinhos, cobertinhas, chupetas, etc. Também podem ser parte do próprio corpo, como o dedo, nariz, cabelo, e ainda parte do corpo de outra pessoa que participem do cuidado do bebê, como a babá, mãe e pai. Isso acontece, pois dá a sensação de aconchego para a criança.

Esse termo foi usado pela primeira vez em 1953, pelo pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott. Segundo ele, nos primeiros meses de vida, graças à atenção e aos cuidados maternos que recebe, o bebê imagina que ele e sua mãe são um ser único, a mesma pessoa. Mas, com a passagem dos meses, ele vai se dando conta de sua individualidade e percebe essa divisão. Mais que isso: descobre que a mãe nem sempre está presente para saciar suas necessidades e, por isso, acaba buscando em um objeto para essa fase de transição o apoio de que precisa, especialmente na hora de dormir.

Esse período pode durar apenas por pouco tempo, mas também podem ter uma duração muito longa.

É interessante salientar, que há experiências comuns entre as crianças e os objetos de transição, por vezes há a dificuldade em afastar-se dele e em outros momentos é deixado de lado, isso acontece de maneira muito natural, pois a criança precisa vivenciar várias situações direcionando o amor, cuidado, agressão e até o ódio a esse objeto, sempre como um aprendizado pela criança, sabendo principalmente que é capaz de sobreviver sem ele. A criança coloca seus sentimentos e direciona ao objeto “adotado” por ele.

É preciso saber que o objeto de transição é muito útil para o desenvolvimento do bebê, segundo a Academia Americana de Pediatria, esse período é fundamental para o desenvolvimento emocional, e definitivamente NÂO é um sinal de fraqueza ou insegurança como muitas mães pensam no começo.

Objetos de transição e seu filho pequeno: Benefícios e equívocos

Muitas crianças entre as idades de seis meses e cinco anos usam objetos de transição, como cobertores, naninhas ou bichos de pelúcia para acalmá-las, especialmente em tempos de mudança e desafio. Esses itens tornam-se amados pelas crianças e úteis ao passar de um estágio de desenvolvimento para o próximo, ou para superar desafios comuns da infância.

Por que as crianças escolhem objetos transicionais?

A maioria das crianças que escolhe objetos transicionais os seleciona na infância, entre os oito e os 12 meses de idade. Os pais podem comprar naninhas personalizadas ou bichinhos de pelúcia especiais para seus bebês apenas para descobrir que seus filhos se apegam a um velho coelho de segunda mão ou a um cobertor indistinto. A criança escolhe! Esses itens de segurança geralmente permanecem com as crianças por vários anos, às vezes até na pré-escola, e podem ajudar as crianças a resistir a momentos de separação, períodos de medo ou desconforto ou ambientes novos e desconhecidos. 

Cobertores de segurança e naninhas ou bichos de pelúcia são frequentemente chamados de “objetos de transição” porque permitem que as crianças façam a transição da dependência para a independência, oferecendo-lhes conforto quando estão longe dos pais ou do responsável principal.

Benefícios dos objetos de transição para o desenvolvimento na primeira infância

Paninhos, naninhas e bichos de pelúcia podem ser úteis para as crianças durante algumas das transições mais importantes da primeira infância. 

  • O desmame do leite materno, por exemplo, pode ser difícil para muitos bebês e crianças pequenas, e muitas crianças adotam um objeto transicional durante esse período para facilitar a transição. 
  • Dormir sozinha em um berço, em uma cama nova para bebês ou mesmo em uma nova casa pode ser um desafio para crianças pequenas, e um objeto especial pode ajudá-las a se acalmar e fazer essa mudança com mais facilidade. 
  • Outros eventos da vida, como entrar na escolinha, receber um novo irmão em casa ou lidar com a perda de um animal de estimação ou avô, podem ser facilitados com o uso de um objeto transicional. Esses objetos ajudam as crianças a regular suas emoções por conta própria.

Mitos que cercam a adoção de objetos de segurança

De acordo com a American Academy of Pediatrics (AAP), um objeto de transição pode ser uma importante fonte de suporte emocional para seu filho. 

Muitos pais se opõem ao uso de objetos transitórios, como cobertores de segurança, bichos de pelúcia e naninhas, porque temem que seus filhos não consigam abrir mão desses itens. No entanto, a maioria das crianças supera seus objetos de transição quando chega à idade escolar. Claro, algumas crianças perduram seus objetos de segurança favoritos além dessa idade, mas em vez de levá-los onde quer que vão, simplesmente os usam como uma forma de adormecer com mais facilidade. 

Os pais muitas vezes se preocupam com o fato de que os objetos de segurança podem promover a chupada no dedo e estão corretos ao afirmar que, às vezes, o uso de um objeto de segurança coincide com a sucção de uma criança no dedo. Mas chupar o dedo é, na verdade, muito comum durante o desenvolvimento da primeira infância, e as crianças o desenvolvem, geralmente sem a necessidade de intervenção dos pais.

Objetos de segurança podem ser de extrema importância para crianças pequenas e são uma ótima maneira de as crianças crescerem de um estágio de desenvolvimento para o próximo com um pouco de ajuda extra. 

Se seu filho usa um objeto transicional, como você viu que ele o ajudou nos desafios e nos momentos de crescimento? Deixe seus comentários abaixo.

bjs e até o próximo papo!

Sou Marília Tannuri Verni, mãe de 2 meninos (Ian e Lorenzo), 

 publicitária, idealizadora do Portal Grávida em Campinas e

 Proprietária do E-commerce Petit Papillon Bebê & Criança.

 Uma apaixonada pelo universo infantil e por todas as chances que a maternidade nos proporciona.

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Sobre

Mãe de 2 meninos, publicitária, idealizadora do portal Grávida em Campinas e proprietária da loja Petit Papillon Bebê & Criança. Uma apaixonada pelo universo infantil e por todas as chances que a maternidade nos proporciona.

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