Um filho é sempre uma benção e quando ainda são bebês tudo é muito fofo e mágico, mas de repente eles crescem, começam a andar, falar e começam a perguntar sobre tudo. Aí bate uma insegurança sobre como responder, como abordar determinados assuntos e como lidar com esse momento.
Fase do “Por que?” ou “O que é isso?”
Toda mãe sabe que nossa vida após os filhos é sempre esperar pela nova fase em que vão passar.
A fase da vez aqui em casa é a do “O que é isso?”
Lorenzo (3 anos) tem me deixado quase maluca com tantas perguntas e com tanta falação. Ele fala pelos cotovelos e quer participar de todas as conversas e assuntos. Muito curioso quer saber o que é tudo.
No caminho pra escola ele vai perguntando “O que é isso, mamãe ?” para todas as coisas que vê. Presta bastante atenção nas respostas e no dia seguinte diz “mamãe, olha a barraca de frutas que você me mostrou ontem” ou “mamãe, essa piscina que você falou que é uma lagoa tem peixinhos e tubarões?”.
Um filho é sempre uma benção e quando ainda são bebês tudo é muito fofo e mágico, mas de repente eles crescem, começam a andar, falar e começam a perguntar sobre tudo. Aí bate uma insegurança sobre como responder, como abordar determinados assuntos e como lidar com esse momento.
Lorenzo abordou a vizinha de casa na rua e perguntou se ela tinha pipi… fiquei com a cara no chão e sem saber muito bem como reagir a esse momento.
Então, mais uma vez lá fui eu conversar com pedagogas, médicas, psicólogas e mães para entender melhor essa fase e passar aqui um pouco do que aprendi:
1) Quando começa?
Por volta dos 2 a 3 anos nossos filhos iniciam o processo da fala e a percepção sobre o mundo que existe a sua volta. Nessa mesma fase eles iniciam as atividades em grupo e passam a se interessar pelas diferenças entre um e outro, além de começarem a comer sozinhos e o processo do desfralde.
Tudo isso faz com que fiquem curiosos e perguntas de todo tipo começam a pipocar. As perguntas vão aumentando a medida que o pequeno fica mais eficiente em sua comunicação. Esse comportamento é super normal e nossa missão como pais é sermos pacientes e nunca fugirmos a nenhum tipo de pergunta.
2) Nunca impedir que a criança faça uma pergunta
Se a criança é impossibilitada ou proibida pelo adulto, na hora em que faz uma pergunta, poderá perder a vontade e o interesse em descobrir coisas novas e ficar parada em seu processo de aprendizagem por insegurança.
Uma tática que me ensinaram e tem funcionado lá em casa é também começar a perguntar para a criança, principalmente nas horas em que não quer obedecer. Quando ela se recusa a tomar banho ou a comer você pode perguntar o porquê, assim ela já vai compreendendo que nem tudo acontece da forma como ela deseja.
3) O que é isso?
No início os questionamentos são “O que é isso?” e o importante nessa etapa é responder claramente o que foi perguntado.
Isso é uma árvore ou isso é sua unha do pé.
Quando eles percebem e solucionam essa fase a próxima pergunta passa a ser “como?”
“Como eu nasci?” ou “Como fui parar na sua barriga?”
E após esse período chega a tão temida fase dos porquês.
4) Por que?
“Por que tenho que tomar remédio?” , “Por que você vai sair?”, “Por que preciso colocar sapato?”
Nessa etapa os pais começam a ficar preocupados e as vezes até encabulados com alguns tipos de perguntas e até se devem responder ou não e qual seria o limite para essas respostas.
Primeiramente pense que para a criança você é uma fonte de informação segura e se ela está perguntando é porque não sabe e necessita tirar as dúvidas com as pessoas em quem ela confia. Assim fica menos ansiosa e inicia o processo de compreensão das coisas.
5) Como responder?
– O certo é ouvirmos exatamente a pergunta e respondermos APENAS E SOMENTE aquilo que foi perguntado, prestando atenção para não pular fases ou responder algo que ela ainda não perguntou.
– A resposta deve ser apropriada para a idade da criança.
Está com dúvida? Faça a pergunta de volta a criança e tenha um referencial do quanto ela sabe sobre aquele assunto
– Use sempre a verdade, seja direta e use termos de fácil compreensão.
Se eles obtiverem uma resposta direta e verdadeira não perguntarão novamente.
– Uma dica muito importante é entender que a criança só pergunta por algo em que está preparada para ouvir a resposta. Não existe motivo para medo ou insegurança, isso faz parte do desenvolvimento do seu filho.
6) E se eu não souber a resposta?
Com o mundo tão moderno e globalizado você pode ser pega de surpresa e não saber a resposta, mas isso não é motivo para mentir ou omitir esse fato.
Nessa hora o melhor é falar que você não sabe, mas que vai pesquisar, pensar e investigar e responderá o mais breve possível.
Cumpra com sua palavra para não perder a relação de confiança que seu filho tem com você.
7) Estimule
A inteligência do seu filho pode e deve ser sempre estimulada, como uma ginástica mental. Isso faz com que o desenvolvimento intelectual do pequeno seja cada vez mais amplo.
Lembre-se que a criança tem sua própria maneira de raciocinar e observar detalhes e então associar informações que nós nunca imaginaríamos.
Esses momentos passam a render conversas divertidas e interessantes.
Então o negócio é respirar fundo, ser verdadeira, sincera e objetivas nas respostas e aproveitar mais essa fase que também passa rápido e também, um dia, vai deixar saudades.
Espero que o texto tenha sido útil pra você e possa ser para outras mamães. Compartilhe e deixe seu comentário sobre sua experiência.
Leia também meu texto sobre “Os terríveis 3 anos”.
Beijos e até o próximo papo!
Sou Marília Tannuri Verni.
Mãe de 2 meninos,
publicitária, idealizadora do portal Grávida em Campinas
e proprietária da loja Petit Papillon Bebê & Criança.
Uma apaixonada pelo universo infantil e por todas as chances que a maternidade nos proporciona.